sexta-feira, 20 de dezembro de 2019

HM no clube de leitura do Teatro da Voz


Tocámos no passado dia 14 na inauguração do Clube de Leitura do Teatro da Voz.

É mais uma iniciativa deste espaço cultural da cidade que assim se abre cada vez mais à comunidade e ocupa um lugar único que faltava.

Adoramos tocar entre livros e inaugurar uma biblioteca ligada a uma escola ainda é melhor!

É um previlégio para as crianças e professores da Escola da Voz do Operário poderem a partir de agora aceder gratuitamente a este conjunto de livros escolhidos a dedo.

Para além disto, há a intenção de ali se realizarem leituras regulares orientadas por convidados especiais.

Parabéns à Susana Martins, Sofia Afonso e Sílvia Real.








sexta-feira, 22 de novembro de 2019

VELHⒶS de Francisco Camacho no Teatro Circo de Braga


Estreia hoje às 21h30 no Teatro Circo de Braga a peça  VELHⒶS de Francisco Camacho para a qual fiz a música e toco ao vivo.

Foi um processo de criação novo para mim porque estive presente em todos os ensaios, em intensa experimentação até chegar ao resultado final. Aprendi imenso e é importante sentir isso aos 54 anos.

É um previlégio trabalhar com o Francisco há tantos anos, o meu coreógrafo e bailarino preferido. E foi muito bom reencontrar a Carlota Lagido, conhecer a Ana Caetano, o Bernardo Gama e o Filippo Bandiera e voltar a estar em palco com a Sílvia Real num espectáculo que desmistifica muitas questões em torno do envelhecimento.

Apareçam!







domingo, 17 de novembro de 2019

HM na Biblioteca da Penha de França - Lisboa


Ontem fizemos "Enquanto o meu cabelo crescia" no bairro da Penha de França, mesmo ao lado da Graça, onde vivo. Já conhecia a biblioteca mas não a nova ala destinada à infância que foi inaugurada há um ano. Ficou um espaço excelente, bem pensado e organizado, cheio de luz e, sobretudo, muito bem orientado por uma equipa que fez questão em estar presente na preparação, em receber as crianças e acompanhantes e depois em assistir à sessão. Tivemos a sala cheia e gostámos muito do grupo de crianças desinibidas e participativas apesar da presença das mães e dos pais, o que às vezes as retrai um pouco... mas os crescidos estavam disponíveis para se deixarem levar pela experiência tal como as crianças e, quando assim é, resulta sempre melhor. Obrigado a todos!

Aqui ficam algumas fotos da sessão.







































domingo, 10 de novembro de 2019

HM na Biblioteca Maria Keil em Lisboa


Estivemos ontem na Biblioteca Maria Keil em Lisboa, no Lumiar, a apresentar "Enquanto o meu cabelo crescia". Inserida num bairro social que faz fronteira com a chique "Alta de Lisboa", salta à vista a contradição entre o desenvolvimento de um lado e o abandono do outro. Extensos relvados e prédios de luxo versus habitação social envelhecida e lixo na rua. É assim que está a crescer Lisboa?  Pelo que se vê aqui, estão a cometer-se os mesmos erros e aberrações urbanísticas do passado. Não sobrou um tostão da construção daquele empreendimento de topo para recuperar, melhorar e integrar o bairro e as pessoas que já ali estavam? Chocante!

Por fora, a biblioteca confunde-se com o típico café português de toldo branco e portas de alumínio. É uma biblioteca com recursos escassos mas que que cumpre um papel fundamental e indispensável na comunidade. Fomos recebidos com informalismo e uma enorme simpatia, a começar no senhor da segurança e na senhora da limpeza, terminando na coordenadora Cristina Dias. Foi ela que nos contou a importância que este espaço ganhou nos últimos 12 anos, principalmente para as crianças mais pobres cujos pais não têm condições para os manter em casa depois da escola. Falou-nos também da excelente relação que se estabeleceu com a vizinhança: ontem, uma vizinha foi entregar-lhe uma tigela de sopa de grão porque era sábado e porque depois da nossa sessão, a Cristina ainda ía ter que orientar uma sessão de cinema até bastante tarde.

Tivemos um público variado entre pais, mãe, avós e respectivas crianças e um grupo de irmãos que chegou sem acompanhamento porque os pais estão em África e os avós com quem vivem não estavam disponíveis. Eles estão habituados a isso e sentem-se em casa ali. Assistiram à nossa história, depois foram para os computadores e à tarde iam ver a sessão de cinema.

E tudo isto, rodeados de livros que uns e outros vão escolhendo, folheando, lendo.

A Cristina disse-nos que eles não íam esquecer a nossa sessão. Fico feliz por ouvir isso e por sentir que o que fazemos tem alguma utilidade para além do momento em que acontece.

Aqui ficam algumas fotos e muito obrigado a todos!















quinta-feira, 31 de outubro de 2019

A solo


Toquei a solo no dia 26.10 no Ginásio Clube de Faro no âmbito do festival Verão Azul. A sala era fabulosa e inspirou-me. Toquei 45m e gostei de não saber muito bem o que ía acontecer. Tinha apenas um esboço de programa que preparei no caminho para o Algarve. O concerto foi como fazer um puzzle. Espero ter mais propostas para repetir a experiência. Obrigado à Ana Borralho e ao João Galante pelo convite e parabéns pela organização e programação deste festival incrível! As fotos são do Filipe Farinha.





segunda-feira, 21 de outubro de 2019

A solo no Festival Verão Azul / Algarve


Toco a solo no próximo sábado no Festival Verão Azul, em Faro, pelas 23h, no Ginásio Clube de Faro. Se quiserem, saibam mais sobre o festival e sobre este concerto AQUI. Apareçam, a entrada é livre!



sexta-feira, 27 de setembro de 2019

MILES VIVE!! (2019)


Agora, subam o volume dos ipads, ipods, iphones, ietc,  e deixem-se levar com o melhor som de trompete de todos, o melhor groove de todos, inigualável, inimitável, inultrapassável: MILES DAVIS numa edição com gravações desconhecidas dos anos 80, re-misturadas em 2019.  O disco chama-se Rubberband e é isso mesmo, música elástica, inclassificável, eterna. Um período do Miles Davis que os puristas odeiam e eu tenho pena deles porque foi um dos seus melhores que começou com "The man with the horn".


terça-feira, 17 de setembro de 2019

Universidade de Coimbra elimina carne de vaca das cantinas


Parabéns ao reitor da Universidade de Coimbra por esta medida. A única forma de começar a mudar os hábitos alimentares dos portugueses, cujo consumo de carne vermelha é totalmente exagerado e com consequências terríveis para a saúde e para o ambiente, é com medidas corajosas como esta.
Espero que mais escolas e cantinas sigam este exemplo notável! A única forma de combatermos as alterações climatéricas e a crise ambiental é mudando os nossos hábitos e estilo de vida.

quinta-feira, 22 de agosto de 2019

A favor do Despacho que proteje as características sexuais de cada pessoa


Finalmente começa a legislar-se seriamente para garantir que as crianças e jovens homosexuais, lésbicas, transsexuais e todas as outras variantes possíveis, sejam protegidas nas escolas de descriminação, insultos, bullying e desrespeito. Leiam o despacho AQUI.

Parece que só desta maneira, por despacho, é que a sociedade portuguesa desperta de uma vez por todas para este assunto até agora silenciado por uma tradição podre e obsoleta.

Os preconceitos em relação à homosexualidade ou outra orientação sexual diferente da heterossexualidade,  são uma construção dos adultos. Uma criança, naturalmente, não exclui nenhuma possibilidade, simplesmente porque, naturalmente, estas existem e não constituem nenhum perigo nem nenhuma ameaça como tantos pais e mães, para nossa desgraça, ainda pensam.

Espero que daqui a poucas gerações isto esteja definitivamente resolvido, mas ainda vai ser preciso trabalhar muito: este ano, ponderei inscrever a minha filha no 5º ano numa determinada escola pública de Lisboa, até ser informado pela direção de que nas aulas de ginástica as raparigas são separadas dos rapazes porque estes são "muito brutos". Sim, leram bem.








sábado, 10 de agosto de 2019

RUSH em Ponte de Lima


Quinta-feira, 8/8/2018, toquei com o quinteto RUSH de Mário Franco no festival Percursos da Música em Ponte de Lima com o Luís Figueiredo (teclados), Óscar Graça (piano), Alexandre Frazão (bateria) e o Mário Franco (contrabaixo).  Foi um grande concerto! Se quiserem ter o CD, podem adquiri-lo AQUI.






terça-feira, 6 de agosto de 2019

Contra os discursos de ódio


“Temos de rejeitar toda a linguagem que sai da boca dos nossos líderes e que alimenta um clima de medo e ódio ou normaliza sentimentos racistas” (...) “Líderes que demonizam quem não se parece connosco, ou que sugerem que outras pessoas, incluindo imigrantes, ameaçam o nosso modo de vida, ou que se referem a outras pessoas como sub-humanas, ou dão a entender que a América só pertence a um certo tipo de pessoas.”

Barack Obama (5/8/2019)


terça-feira, 16 de julho de 2019

Histórias Magnéticas no AlmaSã - Almada



Ontem fomos apresentar o Dom Quixote no ALMASÃ que é um centro de educação especial no concelho de Almada. 

O contacto foi feito através da Associação Flor de Murta que colabora com o AlmaSã na área da horticultura e jardinagem. Foram eles que nos disseram que aquela casa era fabulosa, que o trabalho que ali se desenvolve é exemplar e que fazia muito sentido irmos lá fazer uma História Magnética. 

E assim foi. Chegámos lá pelas 11h, fomos apresentados aos alunos da escola e à Luísa, que dirige o espaço há mais de 30 anos. Montámos o nosso equipamento no ginásio e depois de almoço, a Luísa conduziu-nos numa visita às várias salas onde ficámos absolutamente maravilhados com os trabalhos feitos pelos alunos. A integração destas pessoas é feita pela arte e aqui, tudo o que está envolvido na criação de qualquer objecto artístico, é aproveitado, rentabilizado, valorizado e o resultado é de uma beleza estonteante… Não há horários rígidos. Os alunos circulam pelas diferentes salas dedicadas e vão escolhendo onde querem estar, com quem querem estar e onde se sentem bem. 

Não vi uma única televisão. É um espaço livre destas imagens e sons parasitas que anestesiam e retiram criatividade. Achei isso tão marcante e importante! 

Para além da Luísa, há vários colaboradores e artistas que vêm regularmente à escola trabalhar na área da dança, música, artes plásticas e outras. É uma escola aberta e totalmente inserida na comunidade. O que aqui se faz é sempre mostrado às famílias e à população de Almada em exposições noutros espaços que se enchem de gente e que são um sucesso! O que não se entende é como é que este lugar, exemplar e insubstituível a todos os níveis, continua cheio de dificuldades financeiras, sem um futuro assegurado, sem um apoio sólido e definitivo da autarquia, de um ministério ou da Santa Casa da Misericórdia que, sendo proprietária do local, tem a coragem de cobrar uma renda substancial à AlmaSã!

É impossível passar por aqui e não criar uma ligação forte imediata. É impossível não querer voltar, não querer fazer parte deste grupo. 

No princípio, eu e Isabel estávamos nervosos e com medo que a comunicação não fluísse. Mas essa sensação foi desaparecendo ao longo do dia e quando começámos a apresentação, perante a atitude de todos, a calma constante com que ouviram a narração e a música, a forma como participaram na conversa e finalmente, a garra com que desataram a desenhar, cheios de sorrisos, percebemos que estava tudo bem. E saímos daqui a sentirmo-nos muito melhor, com uma energia nova, que desconhecíamos. Obrigado a todos e até à próxima! Beijinhos!