quinta-feira, 30 de agosto de 2012

RTP 2 : "Mas as crianças, senhores?"

"Mas as crianças, senhores?", um artigo de opinião no jornal "Público", Ter 28 Ago 2012, assinado por Maria Emília Brederode Santos, ex-directora pedagógica da série Rua Sésamo  e membro do conselho de opinião da RTP.


domingo, 26 de agosto de 2012

RTP 2


Faço parte da imensa minoria de seguidores de longa data da RTP 2.  Longe de ser perfeito, este canal ainda passa cinema de autor, curtas-metragens, documentários de toda a espécie, debatem-se temas culturais nacionais e internacionais, vêem-se outros desportos que não o futebol, ouve-se algum Jazz, alguma música clássica, as melhores séries e tudo sem intervalos de 20m de publicidade. Claro que isto é uma coisa esquisita a este governo porque não dá lucro e nem toda a gente gosta. Por isso, penso que a decisão de fechar este canal é a medida mais simbólica das intenções deste governo:  acabar com tudo o que não tiver um número de espectadores considerado suficiente e, por tabela,  com toda a criação artística não lucrativa. Nesta lógica, não será de estranhar que em breve se comecem a fechar os conservatórios de música, de teatro e de dança. Toda a arte sem fins comerciais deve mesmo acabar porque não sendo materialmente lucrativa, torna-se dispensável (e também inconveniente, porque faz pensar). Por coincidência, no mesmo dia em que soube desta intenção do governo, ouvi uma entrevista formidável à actriz e encenadora Fernanda Lapa, na Antena 2, e horrorizou-me pensar que esta estação de rádio irá pelo mesmo caminho e com isso silenciar-se-ão ainda mais todas as Fernandas Lapas, todas as vozes que não alinham neste modelo de vida ausente de arte e imaginação, de pensamento, de lugar à diferença, um modelo totalmente estupidificante que nos é imposto por seres anestesiados que nos querem anestesiar a todos.  Abaixo a extinção da RTP 2!  





quinta-feira, 9 de agosto de 2012

publicidade zero


Adoro os jogos olímpicos. Assisto às transmissões da RTP 2. Este ano tudo me pareceu ainda mais bonito: Londres, os estádios, as piscinas, os pavilhões, os atletas, tudo… de repente apercebi-me que essa sensação se devia à ausência de PUBLICIDADE. Já não estamos habituados a ver o que quer que seja sem essa presença a espreitar por qualquer lado, muito menos em mega-eventos. No desporto, são os atletas cobertos de marcas, os estádios forrados de banners, as pistas ladeadas por anúncios, tudo embrulhado em publicidade. Eu prefiro sem. Parece um sonho bom.