sábado, 27 de abril de 2013

Viseu 2


Voltei na quarta-feira de Viseu onde fizemos 6 apresentações do Dom Quixote no Teatro Viriato. Contámos com 4 turmas do primeiro ciclo e 2 grupos de portadores de deficiência mental respectivamente do Internato Vitor Fontes e da Associação Vários. Foi uma experiência inesquecível trabalhar com todos, mas foi diferente trabalhar com estes 2 grupos. A comunicação foi total e rapidamente se estabeleceu um ambiente de grande proximidade em que todos participaram. Fiquei especialmente sensibilizado com o trabalho e dedicação dos acompanhantes liderados pela Dra. Olga (I.V.Fontes) e por Débora Lopes (A.Vários). É tão pouca a atenção que se dá a estas pessoas excepcionais que se esforçam diariamente para ajudar a melhorar a qualidade de vida de outros, disponibilizando-se, por exemplo, para organizar idas ao teatro para assistirem a todo o tipo de espectáculos e participarem em ateliers. Aprendi imenso. E nunca tinha sentido a este ponto como a música pode ser uma experiência também terapêutica: quando sugeri que fizessem um desenho livre sobre o Dom Quixote houve alguma resistência que rapidamente se dissipou quando discretamente peguei na guitarra e comecei a tocar em fundo. Ainda não tive possibilidade de digitalizar os seus desenhos, mas assim que possível, estarão disponíveis aqui.
Quanto aos alunos do primeiro ciclo, tivemos turmas muito fortes, todas frequentadoras regulares do teatro Viriato. Parabéns também aos professores/as Ana Boto, Andreia e Graciosa.
E também ao Paulo Ribeiro (director do teatro) e a toda a equipa técnica e de produção em especial à Maria Rochete e ao Rui que nos acompanharam todos os dias. É graças a todos eles que o teatro Viriato se afirmou e que Viseu se desenvolveu muito mais culturalmente. Mas tudo isto passa ao lado dos nossos governantes que continuam a sofrer de insensibilidade crónica e vistas curtas. Que seca!


















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