domingo, 13 de fevereiro de 2022

HM na Biblioteca de Campo de Ourique (Lisboa)

Regressámos ontem ao bairro de Campo de Ourique em Lisboa para uma sessão de "Não se deixem enganar! - um conto panfletário de 2019" na Biblioteca / Espaço Cultural Cinema Europa. Ali ao lado ficam a livraria Baobá e a  Casa Fernando Pessoa onde marcámos presença várias vezes.

Não me lembro de ter ido ao cinema Europa mas a Isabel chegou a morar ali perto e lembra-se de umas famosas festas de Carnaval nos anos 70 com concursos de máscaras que ela nunca ganhou.

Fico feliz por constatar que se conseguiu manter um bocado do edifício com alguma actividade cultural graças à intervenção das pessoas do bairro. Mas não restou nada do original e os pisos superiores são um condomínio de luxo que deve ter rendido milhões que não foram de certeza parar à Cultura. Ainda por cima, arquitectonicamente, acho o resultado muito feio e mais um atentado ao património predial e cultural da cidade. 

É verdade que a biblioteca tinha muita gente a entrar e a sair para consultar e trocar livros, o que é muito bom sinal.  E para a nossa sessão tínhamos algumas crianças pré-inscritas e acabámos por atingir o limite da lotação da sala (ainda em tempos de pandemia) = 20 pessoas.

Foi um grupo muito simpático de crianças e acompanhantes em que todos se soltaram e participaram sem inibições. Com éramos poucos, até deu para que quem quisesse pudesse experimentar a guitarra eléctrica e explorar alguns dos efeitos que eu uso na história: distorção, delays, loops.

No atelier, não deu para desenhar e trabalhar no chão porque está coberto de alcatifa e as mesas novíssimas que lá estão têm um design tão especial que ninguém as consegue abrir sem que fiquem a abanar. Mas há sempre um plano B (e nós por experiência, tornámo-nos especialistas em activar planos B) e neste caso, foi ir ao pátio das traseiras buscar as mesas de café que apesar de mais pequenas, têm quatro pernas funcionais e cumprem a sua função. E foi em cima destas que se desenharam as ilustrações e as capas para o livro que ainda não existe da nossa história e também cartazes da revolução do 25 de Abril inspirados nos originais do pintor surrealista Marcelino Vespeira ("Poder Popular" e "MFA").

Obrigado a todos e a todas por terem aparecido. Gostámos muito desta tarde que passámos juntos e até à próxima! (E entretanto, não se deixem enganar!!)































































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