quinta-feira, 22 de novembro de 2018

HM no Museu das Marionetas de Lisboa (Festival InShadow)


O tema do festival é "sombras" e por isso escolhemos apresentar o conto macaense "Um estranho barulho de asas" e pedir ao João Paulo que desenhasse em tempo real, inspirado no teatro de sombras chinês. Foi muito bom tocar e improvisar ao mesmo tempo que as ilustrações se íam desenvolvendo. A minha referência foram também uns programas de tv muito antigos em que alguém narrava uma história e um ilustrador desenhava por detrás de um vidro fosco e então os traços pareciam surgir do nada. Apenas traços negros sobre o branco, nada mais, e o resultado era mágico. No nosso caso, invertemos a ordem para que o fundo preto funcionasse como o céu nocturno.
Os desenhos que o João Paulo inventou, são lindos e transportaram-nos mesmo para o espaço!

Tivemos duas turmas com crianças entre os 4 e os 5 anos. Como eram muitas, cerca de 50, não foi possível fazer as actividades previstas para o atelier. Mas a conversa fluiu sem problema nenhum. Muitos gostaram de referir que os seus avós eram agora estrelas e estavam por isso próximos de Tchêk Noi e Ngau Long, os heróis celestiais da nossa história.
Gostámos muito e, felizmente, amanhã repetimos às 10h30.
(obrigado Rui Seabra/Teatro das Marionetas pela ajuda e acompanhamento técnico)






























sábado, 17 de novembro de 2018

Biblioteca de Belém (post 2)
























Biblioteca de Belém - Lisboa


Fizemos hoje à tarde, pelas 15h30, "Um estranho barulho de asas" na Biblioteca de Belém em Lisboa.
Contámos pela primeira vez com a colaboração do ilustrador João Paulo Abreu que desenhou em tempo real. Foi um ensaio para as apresentações no Festival Inshadow, já para a semana. O João Paulo uniu estrelas para chegar aos desenhos-constelação do Imperador de Jade, da princesa Tchêk Noi e do seu amado Ngau Lóng. Foi diferente contar com a presença da imagem que, no contexto desta história ancestral oriental, remete inevitavelmente para o teatro de sombras chinês. Era essa a ideia e acho que funcionou muito bem (obrigado João Paulo!).
Esta biblioteca fica num palácio lindo de Belém e, pelo que presenciámos, tem um programa de actividades enorme, como deveria acontecer em todas as bibliotecas. As responsáveis receberam-nos muito bem e fizeram questão de acompanhar e assistir à nossa sessão. Não fazia sentido que fosse de outra forma mas infelizmente, é o que acontece em tantos outros sítios...
Tivemos a sala cheia com um grupo de crianças e pais muito simpático e muito participativo. Lá fora chovia e a tarde passou depressa e bem no meio de livros, dentro de uma sala acolhedora de uma biblioteca "viva". Obrigado a todos! (as fotografias da sessão serão publicadas no próximo post)


quarta-feira, 14 de novembro de 2018

Zohra: uma partitura para a liberdade


Ontem, como acontece quase todos os dias, enquanto fazia o jantar, liguei o rádio que está sempre sintonizado na Antena 2. Adoro esta rotina. Tenho um daqueles tijolos velhos indestrutíveis da Grundig que herdei do meu pai, com excelente som stereo, apesar da camada de gordura.  Adoro cozinhar e ouvir ao mesmo tempo as entrevistas do Luis Caetano, os concertos em directo, tudo.  Deve ser uma das melhores estações do mundo. Farto-me de aprender. Este momento do dia é, por isso, sagrado para mim: consigo desligar das obrigações todas e entre o cheiro dos cozinhados, as músicas que não conheço e as reflexões das vozes da rádio, viajo, aprendo e inspiro-me.

Ontem, ouvi uma reportagem fora de série da jornalista Isabel Meira que me comoveu até às lágrimas. Ali estava eu, no conforto da minha cozinha, a levar em cima com uma realidade bem distante, esquecida e diferente de um grupo de raparigas que tocam na orquestra afegã ZOHRA. No Afeganistão, estas raparigas arriscam a sua vida e a dos seus familiares porque querem estudar música, é tão simples quanto isto. Uma delas, diz a certa altura com toda a determinação e coragem, que não vai desistir nunca porque, mesmo que seja morta, outra rapariga vai substituí-la e o importante é continuar a luta para que as gerações futuras possam ter a liberdade que elas não têm.

Obrigado Isabel Meira, obrigado Antena 2 por dar voz ao que é importante e continuar todos os dias, todas as horas e minutos, a difundir e partilhar informação relevante e não a merda de lixo com que todas as rádios e televisões vergadas às regras do mercado, nos sujam todos os dias.

OBRIGATÓRIO OUVIR, DIFUNDIR E PARTILHAR. AQUI!






quinta-feira, 1 de novembro de 2018

Gravação CD 2


Aqui fica uma foto com o André Tavares que gravou, misturou e masterizou o CD, tirada pelo Mário Franco depois de nos ter dado uma ajuda preciosa na fase final da mistura.
Obrigado aos 2!