quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Balanço 2012

Em 2012 fizemos 35 apresentações das "Histórias Magnéticas" e estivemos em:

Montemor-o-velho
Lisboa
Redondo
Estremoz
Vila Viçosa
Estarreja
Covilhã
Costa da Caparica
Odivelas
Viana do Alentejo
Sines
Borba
Torres Vedras
Alcochete
Castelo Branco
Reguengos de Monsaraz
Feijó

A todos os que nos programaram, viram e ouviram, muito obrigado.
Para o ano há mais!



quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Feijó

E assim concluímos hoje mais um ano de Histórias Magnéticas com uma apresentação na Biblioteca José Saramago, no Feijó, concelho de Almada. Foi na sala de leitura e tivemos duas turmas do 3ºano. Era um grupo admirável e senti que o tempo não chegou. Imensas perguntas, comentários, histórias e no fim da habitual conversa, alguns ainda começaram uma dança só com as mãos sobre a parte em que a guitarra sugere o ir e vir das ondas do mar. Apeteceu-me ficar ali a tocar com eles o resto do dia. Com a Vera (que teve direito a uma dedicatória por ser homónima da protagonista da história da Isabel Minhós), o Serafim, o Daniel, a Catarina, todos sem excepção!


terça-feira, 27 de novembro de 2012

Glosas





As Histórias Magnéticas são mencionadas num artigo muito elucidativo de Sérgio Azevedo (número 5 da revista Glosas) sobre a evolução do conto musical para crianças em Portugal desde "A menina do Mar" - conto musical narrado escrito por Fernando Lopes Graça em 1959 - até aos dias de hoje.

Espreite no site do mpmp (movimento patrimonial pela música portuguesa).




quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Castelo Branco



a foto veio daqui


Ontem estivemos em Castelo Branco para duas sessões duplas, uma de manhã e outra à tarde. Ao contrário de outros teatros, o público não faltou e contámos com cerca de 300 crianças ao todo! Para nós foi uma espécie de concerto de rock'roll... Foi muito divertido! Muito obrigado ao Miguel que é um técnico fantástico de uma simpatia ilimitada e também ao Carlos Semedo que programa o teatro (acho que foi ele o autor da foto abaixo tirada no ensaio).   





segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Alcochete

Foi no sábado que apresentámos em Alcochete, no Forum Cultural,  a nossa sessão dupla "O meu primeiro Dom Quixote" + "Enquanto o meu cabelo crescia".



a foto veio daqui


O Forum Cultural é um daqueles sitios difíceis de descrever, como comprova a foto. É uma construção moderna que parece ter aterrado no lugar errado. E ainda por cima não encontrei nem uma placa a indicar a sua direcção o que é estranho quando se trata de uma casa que pretende ser aberta às pessoas e mostrar o que acontece lá dentro. Mas a verdade é que uma vez lá chegados, simpatizamos muito com o lugar e a estranheza inicial desaparece. É mesmo acolhedor. Fomos muito bem recebidos pelo Ricardo, o técnico responsável que já estava à nossa espera com tudo pronto e no sítio certo. Foi fácil montar e ensaiar. Ainda deu tempo de ir almoçar ao centro histórico da cidade que é lindo. Ás 16h começámos o concerto e só foi pena a afluência de público ter sido tão pequena. No fim, ficou um grupo de pais e crianças muito simpático para uma animadíssima conversa sobre o espectáculo. Muitas perguntas sobre o Dom Quixote, o cabeleireiro da Mila e ainda deu para todos experimentarem a guitarra eléctrica. Valeu certamente a pena, apesar de eu nunca saber o que responder aos pais quando dizem "só é pena ter estado tão pouca gente...".




 

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Próximas apresentações



Alcochete
Fórum - 27 de Outubro, 16h00

"O meu primeiro Dom Quixote"
"Enquanto o meu cabelo crescia"

Coimbra
Teatro Gil Vicente - 21 e 22 de Novembro, 10h30 e 15h00

"O meu primeiro Dom Quixote"
"Enquanto o meu cabelo crescia"


Castelo Branco
Cine Teatro Avenida - 31 de Outubro, 10h30 e 14h30

"O meu primeiro Dom Quixote"



sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Pela adopção de crianças por casais homossexuais!

Uma GRANDE vitória!

"A sentença do Tribunal de Família e Menores do Barreiro, que deu a guarda de uma criança a um popular casal de homossexuais deu alento à ILGA, que defende a adopção por casais do mesmo sexo."

Leia o resto no Público

Manifestação 13 de Outubro





Convite a juntarem-se à manifestação de 13 de outubro, este Sábado em todo o país. Em Lisboa o ponto de encontro é na Praça de Espanha, às 17h, com a intervenção de artistas de todas as áreas. 
http://queselixeatroika15setembro.blogspot.pt/p/lista-de-eventos.html 


quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Torres Vedras 2

Chegaram-me agora algumas fotos da sessão de "Enquanto o meu cabelo crescia" em Torres Vedras. Lamentavelmente, tinha-me esquecido da minha máquina fotográfica. Obrigado à Patrícia Sobreiro por ter registado estas transformações "milaborantes"!









segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Viana do Alentejo 3

Voltámos a Viana do Alentejo para apresentar "O meu primeiro Dom Quixote" integrado numa semana dedicada ao público sénior. Mais uma vez, fiquei impressionado com a adesão e receptividade dos presentes. Todos visitam o teatro regularmente como espectadores mas também como participantes nas várias actividades de formação que ali decorrem. Falaram com enorme entusiasmo das peças de teatro em que já entraram, por exemplo. No fim, não resisti a perguntar ao Nuno (um dos técnicos do teatro) se aquele sítio é mesmo um local especial na vila. E ele, já a preparar o palco para o espectáculo desta noite, confirmou que sim: o teatro não pára, está sempre ocupado, as portas estão sempre abertas para todos. E não se pense que é um espaço degradado por isso. Pelo contrário. Está tudo impecavelmente conservado e cuidado.  Quanto ao "Dom Quixote",  saiu-nos bem e a conversa com o público começou sobre como é bom ouvir e contar histórias. Histórias conhecidas ou inventadas. Para novos ou velhos. Antigamente era à lareira. Alguém tinha um tio especialista que encantava todas as crianças. E concordámos que a TV e os jogos electrónicos são outra coisa. Não afectam o poder de uma história bem contada. Aqui, todos conheciam Dom Quixote e Sancho Pança e salientou-se a ligação profunda entre os dois, descrita como complementar, em que o primeiro simboliza o ar e o segundo a terra.  Regressámos a Lisboa satisfeitos e, durante a viagem, deixámo-nos deslumbrar outra vez com a beleza da paisagem do Alentejo que resiste à invasão de "monos" arquitectónicos e lixo nas bermas da estrada.

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Paul Auster e a dança


No último livro de Paul Auster, "Diário de Inverno", encontrei a descrição mais perfeita do fascínio pela dança, que eu também partilho, e da musicalidade inerente à arte do movimento e à escrita: "Foram os bailarinos que te salvaram. (...) Nina surgiu no palco do ginásio e explicou à diminuta assistência que o ensaio iria ser dividido em duas partes alternantes: demonstrações dos principais movimentos da peça pelos bailarinos e comentários verbais por ela. Então afastou-se e os bailarinos começaram a evoluir no palco. A primeira coisa que te surpreendeu foi não haver acompanhamento musical. Nunca tal possibilidade te tinha ocorrido - dançar ao som do silêncio e não ao som da música. (...) os bailarinos estavam a ouvir a música dentro das suas cabeças, os ritmos dentro das suas cabeças, ouvindo o que era inaudível, e, como aqueles oito jovens eram bons bailarinos, eram mesmo excelentes bailarinos, não tardou que também tu começasses a ouvir os mesmos ritmos dentro da tua cabeça. (...) foi como se o simples facto de ver os seus corpos em movimento te transportasse para um lugar inexplorado dentro de ti, e a pouco e pouco foste sentindo que alguma coisa irrompia dentro de ti, uma alegria que te subia pelo corpo até à cabeça, uma alegria física que era também mental, uma alegria crescente que continuava a espalhar-se por todos os recantos do teu ser. (...)
A escrita começa no corpo, é a música do corpo, e ainda que as palavras tenham significado, é na música que os significados começam. (...) a escrita é uma forma menor de dança. "

Paul Auster em "Diário de inverno"

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Sagração da Primavera

No próximo dia 20, às 16h, a orquestra Gulbenkian vai tocar a "Sagração da primavera" de Igor Stravinsky, com direcção de Lawrence Foster e comentada por Pedro Moreira. É um dos bocados de música mais geniais compostos no séc.XX para um bailado arrasador de Nijinsky. O preço do bilhete é acessível (7 euros) e parece-me um programa imperdível para toda a familia.







Música Viva





Não existe uma música para crianças. Elas estão disponíveis para descobrir toda a música. Por isso sugiro que leve os seus filhos a passear no Jardim do Sons, uma instalação sonora no jardim do Instituto Goethe em Lisboa, onde começa hoje a segunda parte do Festival Música Viva. A entrada é GRATUITA e a programação é excelente. Se quiser pode saber mais aqui. Não há outro festival assim  em Portugal e é uma oportunidade excelente para proporcionar aos seus filhos o contacto com formas de fazer música que são muito pouco conhecidas da maioria de nós.

sábado, 29 de setembro de 2012

Torres Vedras


(a foto do teatro veio daqui)

Estivemos hoje no Teatro - Cine de Torres Vedras com o "Enquanto o meu cabelo crescia"com duas sessões: uma de manhã e outra à tarde. Começámos a montagem às 8 da manhã com o apoio do Hélder e do José Manuel, dois técnicos do teatro totalmente empenhados e motivados. Obrigado mais uma vez! Às 11h30 chegaram as famílias para a sessão da manhã. Não eram muitos, mas assistiram com toda a atenção e, apesar da presença dos pais que na maioria dos casos é sempre inibidora, as crianças  participaram activamente no atelier. Repetimos às 16h30 e, para além das famílias, tivemos um grupo de crianças da Estufa - plataforma cultural/oficinas de expressão artística sediada em Torres Vedras e que desenvolve um trabalho notável!  Em ambas as sessões, tivemos comentários e desenhos incríveis que conto disponibilizar aqui em breve. Fiquei muito impressionado com Torres Vedras onde já não ía há alguns anos. A cidade transformou-se, o centro histórico foi impecavelmente recuperado e revelou-me casas, praças, monumentos que antigamente, pura e simplesmente não se viam.  Mas o mais importante foi sentir nas ruas um novo pulsar. Vontade de mudar. Estou certo que a programação continuada do Teatro - Cine muito contribuiu para isso. Mais uma prova de como os teatros e todos os espaços culturais são vitais para o desenvolvimento dos sítios. Boa!




terça-feira, 18 de setembro de 2012

Andiamo!


Estreou no passado dia 15 em Guimarães, no espaço Asa, "Andiamo!", a última peça do coreógrafo Francisco Camacho para a qual fiz a música. Desta vez, para além da guitarra, usei alguma electrónica, muitos sons concretos e montei tudo no meu macbook apenas com o garageband e outro software gratuito. Demorei cerca de 4 meses para fazer o trabalho e foi um processo muito intenso, em que andei sempre com o mac numa mão e a guitarra na outra. A internet foi indispensável para obter conselhos, sons e para comunicar com o Francisco, trocando vídeos e músicas.
A estreia correu muito bem mas passou ao lado da crítica especializada que entendeu ignorar este espectáculo. Cá em Portugal é assim. ANDIAMO!

(ps: coloquei duas faixas da bandas-sonora na secção Outras Músicas)



quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Pelo serviço público de rádio e tv


Assine a petição "Manifesto em defesa do serviço público de rádio e televisão" elaborado pelo cineasta António Pedro de Vasconcelos.

A intenção deste governo de privatizar a RTP 1 e fechar a RTP 2, NÃO PODE ACONTECER!

É um golpe que visa silenciar uma imensa minoria, um atentado sério à liberdade de expressão e à democracia em Portugal.

Saiba mais aqui:

http://www.esquerda.net/videos/privatizar-rtp-é-uma-ameaç-à-democracia/24478

E assine a petição:

http://www.peticaopublica.com/PeticaoVer.aspx?pi=P2012N28151

Borba 2

Aqui ficam os desenhos e a história do Dom Quixote pelas meninas e meninos de Borba:




















D. Quixote não tinha miolos e lia muitos livros. Um dia, perdeu a bacia e a cabeça e, num duelo, perdeu o cavalo, caiu e o cavalo foi-se embora. Como já não tinha nada ficou esmagado no chão. Depois o moinho partiu-se e o amigo de D. Quixote teve de o ir ajudar senão o moinho partia-o ao meio. Foi chamar uma donzela para o ajudar. A donzela deu-lhe um sermão e ele foi-se embora e virou-lhe as costas. Depois recuperou a cabeça e perdeu a roupa. A seguir, encontrou a roupa e perto dela, estavam umas pegadas de cavalo. Apareceu um sapo e mordeu-lhe a cabeça. Ele perdeu-a outra vez e cortou a lingua do sapo. Encheu-se de sono, ficou sonâmbulo e caiu para dentro de água onde encontrou a sua cabeça e a lingua do sapo. Voltou a encontrar o cavalo, só que pensou que era um gigante e deu-lhe com a espada. Quando ainda estava sonâmbulo apareceu um touro que lhe arrancou a cintura e ele começou a fazer sapateado. Depois o Sancho Pança teve a ideia de assar o cavalo para almoçarem mas como D. Quixote não tinha cabeça nem estômago, não podia comer, e Sancho Pança disse:  "Melhor, assim fica tudo para mim!"
D. Quixote encontrou a cintura, a cabeça, os sapatos, a espada partida no chão e todas as outras partes do corpo. Encontrou a princesa, casaram e ela passou a ser bonita!
Um dia, apareceu um gigante a sério e D. Quixote conseguiu raptá-lo e vencê-lo.

Fim




terça-feira, 4 de setembro de 2012

Borba


Cheguei à pouco de Borba de mais uma apresentação de "O meu primeiro Dom Quixote". Foi no Palacete dos Melos, onde desde 2009 funciona a Biblioteca Municipal, Espaço Internet, Oficina da Criança e Ludoteca. Tínhamos aqui apresentado em 2011 o "Enquanto o meu cabelo crescia" e adorámos voltar a este espaço muito bem recuperado e que é gerido de forma exemplar, o que está espelhado na cara e atitude das crianças que aqui passam o dia ocupados com variadíssimas actividades. É um daqueles sítios que podem e devem servir de modelo a outros espaços com as mesmas pretensões. E para nós, faz muito sentido fazer estas sessões em bibliotecas, rodeados de livros e de outras histórias.  Muito obrigado à Celeste Quintas e à Sara, do Palacete dos Melos, que nos receberam e apoiaram nesta passagem por Borba! E, claro, a todas as crianças participantes! Amanhã já aqui devo ter as fotos dos desenhos e o texto da história que voçês inventaram,  na qual o Sancho Pança come o cavalo de Dom Quixote...  Desculpem a falha técnica que impossibilitou a projecção das imagens que vos queria mostrar de várias representações de Dom Quixote por vários artistas... Aqui ficam algumas:




Salvador Dali


Pablo Picasso




Gustave Doré


Francisco Reigera (em "Don Quixote" de Orson Welles)


Akim Tamiroff (em "Don Quixote" de Orson Welles)



quinta-feira, 30 de agosto de 2012

RTP 2 : "Mas as crianças, senhores?"

"Mas as crianças, senhores?", um artigo de opinião no jornal "Público", Ter 28 Ago 2012, assinado por Maria Emília Brederode Santos, ex-directora pedagógica da série Rua Sésamo  e membro do conselho de opinião da RTP.


domingo, 26 de agosto de 2012

RTP 2


Faço parte da imensa minoria de seguidores de longa data da RTP 2.  Longe de ser perfeito, este canal ainda passa cinema de autor, curtas-metragens, documentários de toda a espécie, debatem-se temas culturais nacionais e internacionais, vêem-se outros desportos que não o futebol, ouve-se algum Jazz, alguma música clássica, as melhores séries e tudo sem intervalos de 20m de publicidade. Claro que isto é uma coisa esquisita a este governo porque não dá lucro e nem toda a gente gosta. Por isso, penso que a decisão de fechar este canal é a medida mais simbólica das intenções deste governo:  acabar com tudo o que não tiver um número de espectadores considerado suficiente e, por tabela,  com toda a criação artística não lucrativa. Nesta lógica, não será de estranhar que em breve se comecem a fechar os conservatórios de música, de teatro e de dança. Toda a arte sem fins comerciais deve mesmo acabar porque não sendo materialmente lucrativa, torna-se dispensável (e também inconveniente, porque faz pensar). Por coincidência, no mesmo dia em que soube desta intenção do governo, ouvi uma entrevista formidável à actriz e encenadora Fernanda Lapa, na Antena 2, e horrorizou-me pensar que esta estação de rádio irá pelo mesmo caminho e com isso silenciar-se-ão ainda mais todas as Fernandas Lapas, todas as vozes que não alinham neste modelo de vida ausente de arte e imaginação, de pensamento, de lugar à diferença, um modelo totalmente estupidificante que nos é imposto por seres anestesiados que nos querem anestesiar a todos.  Abaixo a extinção da RTP 2!  





quinta-feira, 9 de agosto de 2012

publicidade zero


Adoro os jogos olímpicos. Assisto às transmissões da RTP 2. Este ano tudo me pareceu ainda mais bonito: Londres, os estádios, as piscinas, os pavilhões, os atletas, tudo… de repente apercebi-me que essa sensação se devia à ausência de PUBLICIDADE. Já não estamos habituados a ver o que quer que seja sem essa presença a espreitar por qualquer lado, muito menos em mega-eventos. No desporto, são os atletas cobertos de marcas, os estádios forrados de banners, as pistas ladeadas por anúncios, tudo embrulhado em publicidade. Eu prefiro sem. Parece um sonho bom.  

terça-feira, 24 de julho de 2012

Sines




Uma foto da nossa passagem pelo Festival Músicas do Mundo em Sines com o Dom Quixote. Confirma-se mais uma vez a dinâmica incrível deste festival: tivemos uma mão cheíssima de crianças (e não só) a assistir, completamente habituados a este tipo de acções e portanto, altamente atentos e participativos. Em jeito de escrita automática, escreveram juntos e em tempo recorde um novo capítulo do livro que meteu tubarões e peixes-balão e que eu e a Isabel, a fechar o atelier,  contámos à nossa maneira. Obrigado a todos os participantes e à organização. Gostámos muito! Aqui fica a história:

"D. Quixote era um velhote muito magro que resolveu ir a Sines ao festival  Músicas do Mundo. Foi a uma biblioteca e estava com sede e com fome e resolveu ir a um café. D. Quixote era um velho doido por livros e lia imensos, imensos livros. À tarde, estava a passear pela cidade e passou pelo castelo. Pensou que era uma fortaleza imensa, entrou e assustou todos os técnicos do festival. O Sancho Pança foi à casa de banho e viu um tubarão na banheira. O tubarão assustou-se e o Sancho Pança também e deu um berro de tal forma que caiu na sanita e não se conseguia levantar. D. Quixote estava à procura dele, e a água da banheira estava tão alta que o tubarão conseguiu sair. D. Quixote chegou lá e salvou o Sancho Pança da sanita e do tubarão. D. Quixote matou o tubarão com a espada e comeram-no ao jantar. D. Quixote resolveu voltar à sua vida de aventura, e Sancho Pança comeu muito e ficou gordo como um peixe balão.  E assim continuaram o seu caminho... "

quinta-feira, 19 de julho de 2012

Festival Músicas do Mundo em Sines



Já estive como espectador neste festival onde vi o guitarrista Marc Ribot com o baixista Yamaaladeen Tacuma e o grupo do Hermeto Pascoal em dois concertos absolutamente inesquecíveis. Sou fã deste festival e este ano as Histórias Magnéticas constam do programa no âmbito das actividades para crianças! É já segunda-feira 23, às 15h no Centro de Artes de Sines. Veja aqui toda a programação:
http://fmm.com.pt/programa-2012/

sexta-feira, 13 de julho de 2012

Vandana Shiva




Aqui está uma série muito boa que passa na RTP 2 (a única televisão que serve para alguma coisa e em perigo de extinção, claro): "O tempo e o modo" de Graça Castanheira.
Este episódio revelou-me uma mulher extraordinária, a activista indiana pela BIODIVERSIDADE, Vandana Shiva. Uma visão tão certeira da actualidade e fatalmente, minoritária. Vejam e se concordarem, divulguem.

quinta-feira, 12 de julho de 2012

Viana do Alentejo




Fomos ao Cine Teatro de Viana do Alentejo fazer o Dom Quixote (dias 10 e 12).  A foto de cima mostra o teatro, renovado em 2005. Ficou impecável por fora e por dentro e percebe-se que é agora um espaço muito estimado, útil à terra e usado por todos. Organizam imensas actividades para os mais jovens, mas não só. É um prazer encontrar espaços como este!  Os técnicos Nuno, Luis e Pedro foram impecáveis conosco bem como a programadora Edite Sousa. Tivemos crianças dos ATL's orientadas por jovens monitores/as totalmente empenhados no seu trabalho. A todos, muito obrigado! Aqui as crianças estão habituadas a assistir a espectáculos diferentes e a frequentar ateliers muito diversos. No nosso primeiro dia, apareceram-nos vindas de um atelier de artes plásticas, com vários nomes de pintores na cabeça e por isso, tinham muito a dizer quando lhes mostrei diferentes representações do Dom Quixote, desde o Dali ao Picasso.  No segundo dia, o outro grupo, inventou um longo novo capítulo do livro que a seguir eu e a Isabel contámos improvisando a música. A pedido deles, tivemos que bisar esta versão! Quando as coisas são assim, tudo fica fácil e só pode correr bem.




Enquanto isto, os velhotes conversavam à sombrinha.






Este é o Dom Quixote do João Baião de 8 anos,




e a Isabel com uma participante e um dos monitores.




sábado, 7 de julho de 2012

Lugar à Dança

Foi ontem no lindo Jardim da Estrela em Lisboa que apresentámos o "Dom Quixote" e "Enquanto o meu cabelo crescia". Estava uma manhã de sol magnífica e o enquadramento era perfeito. Apesar de algum vento, o som estava óptimo e os sons dos passarinhos e dos sinos combinaram muito bem com o nosso. O único senão, foi que as escolas que se inscreveram, apesar de informadas pela organização do festival "Lugar à dança", trouxeram apenas turmas da pré-primária, quando o espectáculo se dirige a crianças do primeiro ciclo. Foi pena porque não resulta como o previsto, mas com escolas, começo a perceber que nunca se sabe o que pode acontecer... Felizmente, a seguir a nós, actuou o palhaço Tosta Mista que era mesmo bom e equilibrou as coisas.

segunda-feira, 4 de junho de 2012

Portugal daqui a 25 anos!

O actor Luis Miguel Cintra deu o pontapé de saída para aquilo que todos os artistas que se preocupam alguma coisa com o estado da cultura neste país deviam fazer a partir de agora: quando tivermos tempo de antena na TV (especialmente na SIC porque introduziu em Portugal a TV "vale tudo"), não os desperdicemos com sorrisos de agradecimento vazios e em vez disso, aproveitemos para perturbar e denunciar, nem que seja só por oito minutos, a falsidade em que vivemos (sobretudo perante plateias como estas). Muito obrigado LMC. 


s.p.





sexta-feira, 1 de junho de 2012

Dia mundial da criança em Odivelas

Dia mundial da criança. Estivemos presentes nas comemorações em Odivelas no âmbito do festival Gepeto (de arte para crianças) num jardim ao ar livre, onde imperava o escorrega insuflável e a falta de imaginação. Incomoda-me ver as crianças tratadas como um rebanho de seres a entreter e a passar mais um tempo distraídas. É que as crianças sabem muito bem diferenciar a qualidade da atenção que lhes é dispensada. Não se pense o contrário. E é por isso que é tão bom e extremamente exigente trabalhar com elas e para elas. Lembrei-me, por oposição, do Festival Serralves em Festa, no Porto, um festival para as massas, com centenas de espectáculos de rua para os mais novos e que não descura por um segundo o respeito pela sensibilidade das crianças. Não me estou a referir aos espectáculos em si - são todos muito diferentes - estou a falar apenas do conceito, da forma de apresentar as coisas que revela um cuidado e empenhamento totais.
E chegada a nossa hora, depois de um mini sound-check surrealista, começámos o Dom Quixote (seguido de Enquanto o meu cabelo crescia) com a sensação de que nos estávamos a atirar de um avião sem pára-quedas... mas apesar do mau som, do vento e do sol de chapa, conseguimos aterrar bem! A história e música foram mais fortes e no fim, as crianças estavam satisfeitas. Mas não chega. Porque podiam ter ficado plenamente satisfeitas, mas esse, infelizmente, não era o objectivo destas comemorações.

s.p.

domingo, 27 de maio de 2012

Costa da Caparica, Festival Sementes

Sexta-feira, dia 25, fizemos as histórias magnéticas em versão concerto (Dom Quixote + Enquanto o meu cabelo crescia) no âmbito do Festival Sementes - mostra internacional de artes para o pequeno público. Aconteceu num cinema escondido dentro de um shopping dos anos 70 na Costa da Caparica. Um cinema que estava fechado à 12 anos e que desde Março passado é programado pela associação cultural Gandaia. Apresentam cinema, música, teatro e assossiaram-se ao Teatro Extremo de Almada. O espaço ainda cheira a mofo, fica bastante fora de mão e não me parece que haja muita tradição de espaços culturais na Costa da Caparica...  Não é,  por tudo isto, um espaço muito convidativo. Pois não. Mas é quentinho, tem excelente acústica, boas cadeiras de napa, boa visibilidade e um palco suficientemente grande para pequenos grupos. E tem lá dentro o Rui, que é técnico de som, já foi baterista e que nos fez um som lindo (e luzes). Trabalha com toda a calma e dedicação. No fim, ainda nos ofereceu uma gravação impecável do concerto! As crianças apareceram, o espectáculo começou e o espaço transformou-se noutro: acolhedor e perfeito para as histórias magnéticas. Não sei se a associação Gandaia vai ou não conseguir agarrar algum público e manter a programação deste cinema de shopping, mas espero que sim. Sempre senti uma enorme atracção por espaços desenterrados do nada. Este país está cheio deles e deviam ser todos ocupados, reproduzir este exemplo e encherem-se de vida. O que é que estão à espera, associações culturais, companhias, programadores solitários, gestores culturais sem espaço? ataquem!

s.p.

Covilhã, Festival Y (2)

Eis os desenhos dos alunos do Conservatório Regional de Música da Covilhã: "Antes e depois"(de passar pelo Salão da Mila). Transformações milaborantes.