domingo, 29 de maio de 2016

Em defesa da escola pública


"Os impostos que pagamos são para manter um ensino público que garanta da melhor forma possível um princípio base das democracias europeias: a igualdade de oportunidades. (...)
"Qual seria a escola privada que estaria em condições de prestar o serviço de uma escola pública, por exemplo, num dos bairros mais pobres dos arredores de Lisboa, onde muitos dos alunos são de origem africana? Já fui a uma dessas escolas para falar da Europa e saí de lá com uma admiração enorme por quem a dirige e por quem lá ensina. Poderiam ir todos inscrever-se no São João de Brito com as propinas pagas pelo Estado? Sabemos a resposta."

Teresa de Sousa, Jornal Público 29.05.2016  

Assine a petição em defesa da escola pública aqui

sexta-feira, 20 de maio de 2016

Luis Filipe Quitas


O Luís Filipe Quitas partiu ontem à noite. Cruzei-me com ele na peça "Pour Bien" de Sílvia Real da qual foi co-autor, intérprete e encenador (1995). Ele ajudou a imprimir um ritmo criativo alucinante e transformou todo o processo numa experiência delirante, inesquecível e irrepetível. Foi um dos trabalhos mais exigentes e que mais gostei de fazer. Obrigou-me a encarnar um personagem para conseguir inventar a música da peça - o Sakamoto da Alfama.  Ensinou-me que critérios de "bom gosto" devem andar longe da actividade criativa porque só nos limitam. Ensinou-me a descobrir a beleza do lado foleiro que há em todos nós. Nunca mais me esqueci destes ensinamentos que continuo a usar e a transmitir a todos os meus alunos como algo essencial para a criação artística genuína. Um abraço Filipe.



HM na Escola Básica do Convento do Desagravo em Lisboa


No próximo dia 9 de Junho vamos fazer duas sessões do Dom Quixote na Escola Básica do Convento do Desagravo em Lisboa, um espaço muito bonito inaugurado em Setembro de 2015, mesmo ao lado da Igreja de Santa Engrácia.



quarta-feira, 18 de maio de 2016

HM na Guarda (3)


Aqui fica a história inventada em conjunto pela turma do 3ºano, uma das várias actividades do atelier. Depois de cada um ter contribuído com uma frase, a Isabel narrou a história e eu acompanhei à guitarra. Por fim, todos desenharam em conjunto a partir da história que imaginaram.
Obrigado a todos! espero que nos voltemos a encontrar um dia destes!
Link dos Amigos das Escola de São Miguel e do Agrupamento com mais fotos da actividade.


Dom Quixote caiu num lago e encontrou um cavalo marinho. Depois, pediu ajuda ao cavalo marinho e começou a nadar em cima dele. Então, encontrou um cavalo de fogo e tentou montá-lo na terra só que não conseguiu porque ele era de fogo. Dom Quixote não conseguiu vestir a sua armadura porque se queimava. Entretanto, arranjou uma maneira para que o cavalo obedecesse às suas ordens e ajudasse as pessoas que tinham frio a fazer lareiras. De repente, assustou-se com um rato e queimou uma casa. Entretanto, o cavalo marinho apareceu para apagar o fogo e teve de vir muito depressa porque estava a começar a pegar fogo a um campo. Conseguiu apagar o fogo e o cavalo de fogo também ficou feliz porque não queimou o campo e as casas. Agradeceu ao cavalo marinho e o Dom Quixote foi para casa descansar e ler um livro. Quando o cavalo marinho acabou de apagar o fogo, Dom Quixote deu-lhe de comer e apresentou-o a um amigo que era um cavalo de erva.

FIM

Títulos sugeridos à posteriori:

- "Dom Quixote e os cavalos de vários tipos"
- "Os três cavalos mágicos"
- "Os três cavalos voadores"
- "As aventuras de Dom Quixote mais os cavalos"
- "O cavalo Arco-Íris"
- "O poder da magia"
- "Os três cavalos que salvaram Dom Quixote"
- "Dom Quixote e os seus amigos cavalos"
- "Dom Quixote e os quatro companheiros de viagem"
- "Os cavalos salvam Dom Quixote das ameaças"




























terça-feira, 17 de maio de 2016

HM na Guarda


Estivemos hoje na Biblioteca Eduardo Lourenço na Guarda com duas sessões de "O meu primeiro Dom Quixote" para duas turmas, uma do 3ºAno da Escola 1ªCEB S.Miguel da Guarda e uma do 4º Ano da Escola 1ºCEB Lameirinhas. Encontrámos uma biblioteca num espaço fabuloso que inclui uma sala dedicada ao conto, pensada e preparada para a leitura de histórias e outras actividades para os mais pequenos. É uma sala que permite uma proximidade do público que é essencial para o sucesso destas actividades. Contámos com o apoio total de todas as funcionárias que estiveram sempre presentes, participaram nos ateliers, colocaram questões ao lado das crianças. Percebe-se logo que estamos num lugar diferente, que quer fazer bem as coisas, que não se agarra às soluções mais fáceis e imediatas que infelizmente abundam por esse país fora em teatros e bibliotecas com programações inexistentes ou totalmente submetidas a critérios comerciais. Aqui não é assim e é uma alegria poder apresentar o nosso trabalho neste ambiente.
A somar a isto, tivemos duas turmas excepcionais em que as professoras tinham preparado os alunos para as nossas sessões! Conheciam a história, estavam informados sobre o Dom Quixote. Claro que nestas condições, o que se ganha com as nossas apresentações é muito mais, para ambas as partes.
No caso da turma do 4º ano, o atelier tomou uma direcção totalmente inesperada uma vez que esta turma está a ensaiar um espectáculo a partir do Dom Quixote. Tinham imensas perguntas para nos colocar sobre a a forma como se prepara um espectáculo, deste exercícios de aquecimento, técnicas de representação, banda-sonora, figurinos, composição, etc, etc. Foi muito bom sentir o entusiasmo com que recebiam as nossas dicas. Boa sorte para a vossa estreia! temos pena de não podermos estar aí…
Entretanto, conto colocar aqui amanhã as fotos dos desenhos fabulosos da turma do 3ºano e ainda  a história do Dom Quixote que eles inventaram em que o nosso herói cavalga num cavalo marinho, num cavalo de fogo, num cavalo de erva e num cavalo de arco-íris. A não perder amanhã neste blog!

segunda-feira, 9 de maio de 2016

Histórias Magnéticas na Guarda


No próximo dia 17, vamos voltar à Guarda para apresentar "O meu primeiro Dom Quixote". A última vez foi em 2010 com "A bomba e o general" no Teatro Municipal.

Há já bastante tempo que não fazíamos o Dom Quixote e foi um prazer retirar a partitura da gaveta e tocá-la de novo. Descobrem-se sempre coisas novas, surgem pequenos acertos e actualizações aqui e ali. Ainda por cima, esta apresentação na biblioteca Eduardo Lourenço, integra-se no programa evocativo dos 400 anos da morte de Cervantes.

Mais informação aqui