terça-feira, 31 de março de 2020

"Gostamos de si"


Deixo aqui o link para o vídeo realizado pela equipa do Cine-Teatro Avenida em Castelo Branco, liderada por Carlos Semedo e nossos parceiros de longa data.

Muito obrigado pela iniciativa e por continuarem a apoiar os artistas, público, técnicos e outros trabalhadores desta área, durante estes tempos diferentes e difíceis. Gostamos muito desse teatro!






sábado, 28 de março de 2020

Mercearia de papel


Aqui fica um site de que gosto muito feito pela Sofia, agora que a escola está fechada e tem mais tempo livre. Pode ser uma ideia a pegar por outras crianças enquanto temos de ficar em casa...

A Sofia escreveu:

"Olá! Como todos vocês, fiquei em casa. Já há algum tempo que tinha aberto uma mercearia com imensos desenhos dos produtos que se podem encontrar nessas lojas.

Como agora tenho mais tempo livre porque a escola está fechada, fiz muitos novos desenhos e lembrei-me de abrir esta mercearia na internet e distribuir os meus desenhos a quem os quiser colecionar. 
Basta mandarem-me um email a dizer o desenho que escolheram. Se quiserem um desenho de um produto que não esteja aqui, digam.
Espero que gostem e que encontrem nesta mercearia o que precisam!
Sofia"




quinta-feira, 26 de março de 2020

Nova história


Ainda não sei exactamente onde, quando e como irá estrear a próxima história mas, neste momento, aponto para Julho e em streaming por causa das medidas preventivas contra a Covid-19.

Em casa, como toda a gente, procuro manter a actividade e a sanidade mental e ajuda muito estar a trabalhar na música para uma nova história.

A história chama-se "Não se deixem enganar! (um conto panfletário de 2019)" e foi escrita por mim há aproximadamente um ano atrás, pouco dias depois da eleição do Bolsonaro. Nessa altura, vários brasileiros e brasileiras foram entrevistados na tv e alguém, com lágrimas nos olhos e cuja mãe e pai tinham sido fortes opositores da ditadura, disse que estava arrependida de ter feito tão pouco para não deixar apagar a memória desses tempos terríveis.

Esse depoimento comoveu-me muito e reagi. Peguei numa caneta e comecei a escrever um alerta ao meu filho e à minha filha com tudo o que me lembrava das porcarias do antigo regime em Portugal e também histórias da avó e avô paternos deles que tinham sido opositores assumidos e activistas contra Salazar.

Aqui vos deixo a sinopse da história:

Depois de seis histórias de vários autores consagrados, faltava às Histórias Magnéticas a experiência de um conto original e foi assim que surgiu  “Não se deixem enganar! - um conto panfletário de 2019”.

Movido pela crescente onda obscurantista, retrógrada e fascista que avança por esse mundo fora, saiu-me, como um gesto de reação, esta história que fala de uma criança que viveu a transição do fascismo para a democracia em Portugal e que por isso sabe muito bem que não há coisa pior do que viver sob um regime como o antigo. 

Essa criança tem hoje 50 anos e apercebe-se que a história da sua família anti-fascista, parecida com tantas outras, não pode ser esquecida e deve ser contada aos seus filhos como um exemplo de coragem e crença inquestionável na Liberdade, valor primordial da vida mas, infelizmente, eternamente ameaçado.

É uma homenagem à geração de pais e mães nascidos nos anos 30 do século XX que, sem procurarem um lugar na história, protagonismo político ou de qualquer outra espécie, nunca se resignaram, arriscaram a vida, passaram pela prisão, exilaram-se e foram perseguidos para que nós possamos viver hoje num país melhor.

É uma história assumidamente panfletária porque essa característica remete para os tempos que descreve mas também porque acho que o momento que vivemos assim o exige.

Sérgio Pelágio, Lisboa, Março de 2019


quinta-feira, 19 de março de 2020

Ficar em casa


A propósito de ficar em casa, nesta luta colectiva contra um vírus, lembrei-me de três peças que fiz com a Sílvia Real (coreógrafa e bailarina) entre os anos 90 e a primeira década do séc.XXI que, de repente, me parecem surpreendentemente actuais: Casio Tone (1997), Subtone (2003) e Tritone (2007). O personagem principal é a Sra. Domicília. 






A ideia de CasioTone surgiu em NY quando eu e a Sílvia alugámos um apartamento minúsculo onde cada cantinho era aproveitado e o espaço estava pensado até ao mais ínfimo pormenor. Os sapatos ficavam de fora por causa dos vírus e das bactérias. Viver ali dentro implicou uma adaptação e um treino especial. Na peça, a Sra. Domicília toca o mini Casio Tone para se abstrair da sua vida confinada a 8m2. Tudo é branco e desinfectado.







Subtone  surge no período após o ataque ao World Trade Center em 11 de Setembro de 2001. A Sra.Domicília trabalha como segurança numa empresa em estado de alerta permanente. Na peça, há um intruso que é uma aranha e a reação da Sra.Domicília é bastante desproporcionada. 









Tritone ou as férias virtuais num hotel cápsula. O turismo. A Sra. Domícilia descobre o embuste, acaba com o teatro e desmonta o cenário num processo em que ela própria é engolida e desaparece.






sexta-feira, 6 de março de 2020

VELHⒶS em Almada no Fórum Municipal Romeu Correia


É amanhã às 21h30 no Fórum Municipal Romeu Correia em Almada, o espectáculo VELHⒶS  de Francisco Camacho no qual interpreto a banda- sonora ao vivo. Apareçam! (o bilhete são só 6 EUR)



domingo, 1 de março de 2020

Alis Ubbo


Está nos cinemas o filme "Alis Ubbo" de Paulo Abreu cuja banda sonora tem muita música minha que eu fiz no passado para peças de dança de Vera Mantero, Sílvia Real e Francisco Camacho.
Se puderem, vão ver!