E esta manhã voltámos ao fantástico Teatro da Voz para receber uma turma do 2ºano da Escola da Voz do Operário orientada pelo professor Luís Godinho.
Para nós foi praticamente uma estreia porque mudámos bastante a forma de contar "Uma Galinha" de Clarice Lispector. É importante inovar e não deixar de experimentar e assim, pela primeira vez, usei o computador para passar alguma faixas pré-gravadas com instrumentos virtuais. Mas o mais divertido é a caixa de ritmos aleatórios cheia de groove e que não repete duas vezes a mesma acentuação. Não resisti a esta máquina e estou a incluí-la sempre que posso... e é especialmente adequada a ritmos galináceos.
Quanto ao atelier, este é agora praticamente todo centrado na escrita e na leitura (da Clarice Lispector). Imprimimos 20 painéis com frases chave da história tais como "Era uma galinha de domingo, ainda viva", "não era nada, era uma galinha", "estúpida, tímida e livre" ou "rápida e vibrátil" e depois conversamos sobre o que podem significar, aprendemos palavras e conceitos novos e porque é que certas expressões resultam mais belas e certeiras do que outras. "Era uma galinha de ... NUNCA!" inventou a Alice Raposo.
Mas também copiámos os movimentos das galinhas inspirados pelo bailarino Merce Cunningham com "o corpo avançando atrás da cabeça" ao ritmo de "cacarejos roucos e indecisos".
E acabámos a desenhar cartazes para uma manifestação em defesa dos direitos das galinhas.
Passou demasiado depressa... uma grupo de crianças muito especial, este!
Muito obrigado a todos e espero que nos possamos encontrar outra vez em breve!
1 abraço forte
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