terça-feira, 16 de julho de 2019

Histórias Magnéticas no AlmaSã - Almada



Ontem fomos apresentar o Dom Quixote no ALMASÃ que é um centro de educação especial no concelho de Almada. 

O contacto foi feito através da Associação Flor de Murta que colabora com o AlmaSã na área da horticultura e jardinagem. Foram eles que nos disseram que aquela casa era fabulosa, que o trabalho que ali se desenvolve é exemplar e que fazia muito sentido irmos lá fazer uma História Magnética. 

E assim foi. Chegámos lá pelas 11h, fomos apresentados aos alunos da escola e à Luísa, que dirige o espaço há mais de 30 anos. Montámos o nosso equipamento no ginásio e depois de almoço, a Luísa conduziu-nos numa visita às várias salas onde ficámos absolutamente maravilhados com os trabalhos feitos pelos alunos. A integração destas pessoas é feita pela arte e aqui, tudo o que está envolvido na criação de qualquer objecto artístico, é aproveitado, rentabilizado, valorizado e o resultado é de uma beleza estonteante… Não há horários rígidos. Os alunos circulam pelas diferentes salas dedicadas e vão escolhendo onde querem estar, com quem querem estar e onde se sentem bem. 

Não vi uma única televisão. É um espaço livre destas imagens e sons parasitas que anestesiam e retiram criatividade. Achei isso tão marcante e importante! 

Para além da Luísa, há vários colaboradores e artistas que vêm regularmente à escola trabalhar na área da dança, música, artes plásticas e outras. É uma escola aberta e totalmente inserida na comunidade. O que aqui se faz é sempre mostrado às famílias e à população de Almada em exposições noutros espaços que se enchem de gente e que são um sucesso! O que não se entende é como é que este lugar, exemplar e insubstituível a todos os níveis, continua cheio de dificuldades financeiras, sem um futuro assegurado, sem um apoio sólido e definitivo da autarquia, de um ministério ou da Santa Casa da Misericórdia que, sendo proprietária do local, tem a coragem de cobrar uma renda substancial à AlmaSã!

É impossível passar por aqui e não criar uma ligação forte imediata. É impossível não querer voltar, não querer fazer parte deste grupo. 

No princípio, eu e Isabel estávamos nervosos e com medo que a comunicação não fluísse. Mas essa sensação foi desaparecendo ao longo do dia e quando começámos a apresentação, perante a atitude de todos, a calma constante com que ouviram a narração e a música, a forma como participaram na conversa e finalmente, a garra com que desataram a desenhar, cheios de sorrisos, percebemos que estava tudo bem. E saímos daqui a sentirmo-nos muito melhor, com uma energia nova, que desconhecíamos. Obrigado a todos e até à próxima! Beijinhos! 






















































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