terça-feira, 26 de dezembro de 2017
Meninos impossíveis
O João Pedro Gomes é um ilustrador que conheci em 2007 quando trabalhámos juntos em "Tritone". Ele foi o responsável pela animação inicial que abria esta peça da Real Pelágio. Adorei o que ele fez na altura e agora fiquei deslumbrado pelo livro que escreveu e ilustrou - "Meninos impossíveis" - lançado em Setembro pela Douda Correria. Aconselho sem reservas.
terça-feira, 19 de dezembro de 2017
RUSH - Paralelos Cruzados
Para além dos teasers, o Gonçalo Brou realizou também (e muito bem!) esta versão completa de "Paralelos Cruzados" do disco RUSH do Mário Franco. Espero que gostem!
sábado, 16 de dezembro de 2017
Biblioteca de Marvila - Lisboa
Cheguei agora da última sessão de 2017 das Histórias Magnéticas. Foi às 10h30 na biblioteca de Marvila em Lisboa com "Uma Galinha" da Clarice Lispector.
O edifício da biblioteca foi inaugurado há cerca de um ano. É enorme, com salas para tudo e mais alguma coisa: leitura, informática, espectáculos, exposições, actividades várias, etc. Que bom que é ver que a CML está a investir em espaços de cultura que não sejam só salas de espectáculos. As bibliotecas desempenham uma função social importantíssima e insubstituível. Neste caso, pelo que nos contaram as responsáveis Ana Gomes, Renata e Vandiza, é aqui que muitos pais e mães do bairro depositam os seus filhos depois da escola e nos tempos livres. Ontem ao fim da tarde, durante a nossa montagem e ensaios, a sala estava cheia de crianças a ler, a jogar e nos computadores. O ambiente não podia ser mais familiar. O espaço tem uma luz muito bonita, é aquecido e muito confortável. As crianças estão sempre sob o olhar atento de uma responsável que, sem se impor, as vai orientando e ajudando nas sua procuras. Conhecemos um menino, o Fernando que tem 8 anos e que nos disse que no dia seguinte, ali estaria de manhã para ouvir a nossa história. E hoje foi o primeiro a chegar. Foi sozinho, já está habituado a percorrer os 3 quarteirões que o separam da biblioteca. E pouco depois, chegou o seu primo Santiago, mais novo do que ele e também uma presença habitual. A biblioteca só tem um ano e está a conseguir ocupar um espaço muito importante na vida destes meninos e meninas que se estão a habituar à presença dos livros, que assistem regularmente a muitas actividades, que se tornam mais curiosos, cultos e felizes. Depois deles, apareceram poucos mais mas igualmente muito interessados e cheios de coisas para dizer e perguntar. Foram a Gabriela, a Erica, a Rita, a Laura e o Tomás. Como éramos poucos, deu para todos experimentarem a guitarra, gravar sons e dançar "à galinha". Espero muito que possamos voltar aqui! Obrigado a todas as crianças, mães presentes e responsáveis pela biblioteca. E aos outros, não deixem de estar atentos à programação e de visitar a biblioteca de Marvila.
sexta-feira, 8 de dezembro de 2017
RUSH - Teaser 2
Já está aí o segundo teaser do CD "RUSH" do contrabaixista Mário Franco em que participo.
O lançamento é na próxima segunda-feira, pelas 18h30, na Fnac do Chiado em Lisboa.
Apareçam!
quinta-feira, 7 de dezembro de 2017
Escola Eb1 do Castelo - Lisboa
Estivemos ontem na Escola do Castelo (de São Jorge), em Lisboa, que fica mesmo dentro das muralhas. Já não visitava o Castelo há anos e este foi o melhor pretexto para lá voltar. Estava à espera de encontrar tudo muito arrumado para o turista ver mas afinal ainda há uma certa desordem saudável lá dentro: falta de sinalização, terrenos que parecem baldios a servir de parque de estacionamento, buracos no pavimento... parece mau, mas estranhamente, deu-me um certo gozo andar por ali assim, perdido, a descobrir a beleza daquilo ainda por embrulhar. A certa altura, a professora Ariana veio ter connosco e lá nos guiou até à Rua das Flores de Santa Cruz onde está a escola. E que escola! Um edifício típico dos anos 70, construído de raiz para o ensino, enfiado no meio do casario. Eu gosto desta arquitectura, apesar de não ser bonita. É o nº14, a parede sem janelas do lado direito que se vê na foto:
Nota-se que já houve ali intervenções menos cuidadas, mas apesar disso, a inteligência da concepção do espaço interior, está lá. Salas com óptima luz, um pátio interior semi-coberto à volta do qual tudo parece girar, um espaço geral com uma dimensão muito adequada às crianças e muito estimado.
Não tive tempo para grandes conversas com os responsáveis acerca do espaço da escola que provavelmente terá muitos problemas, mas para um visitante, é um espaço muito acolhedor.
Montámos e ensaiámos de manhã e fizemos uma apresentação à tarde para duas turmas, uma do 3º e outra do 4º ano. Reparámos logo que nesta escola tudo serve para aprender e para integrar: foram alunos e alunas que nos receberam à porta e que nos ajudaram a carregar o material até à biblioteca. E o atelier começou logo ali, como deve ser, com apresentações e perguntas sobre que caixas eram aquelas e para que servem (a montagem fiz eu sozinho porque ainda tenho que aprender a relaxar quanto à fragilidade dos instrumentos e do equipamento e sobre a sabedoria em enrolar, desenrolar e ligar cabos. Mas vou melhorar isso!).
Ás 14h estávamos prontos, tínhamos 45 meninos e meninas a assistir e depois de uma breve introdução sobre a "Galinha" e a Clarice Lispector, começamos o concerto. O som estava perfeito ajudado pela acústica da sala. Deu-nos um gozo enorme tocar ali. Eles ouviram de ouvidos e olhos bem abertos e no fim tínhamos 45 braços no ar a pedir para fazer perguntas, comentários e outras histórias sobre galos e galinhas portuguesas, moldavas, guineenses, senegalesas.
A morte da galinha de domingo no final da história pareceu-nos óbvio, mas descobrimos juntos que ela não serve só para comer e que pode ser uma inspiração para escrever, compor, dançar, filmar, representar ou desenhar. Ouve quem já tivesse acariciado uma cabeça de galinha, é verdade (mas alguém estava a agarrá-la pelos pés!). E, depois de ver a cena do mágico a hipnotizar uma galinha no filme "O Navio" de F.Fellini, acabámos a nossa longa conversa a tentar hipnotizar o colega do lado. Desta vez, não houve tempo para o habitual desenho final mas ficou combinado que o iriam fazer na sala de aula e depois nos mandavam para o expormos aqui, no blog.
Foi uma sessão muito especial! Gostámos muito e muito obrigado à Ariana, aos outros professores e a todas as crianças que participaram. Temos que regressar aí em 2018 com outra história magnética! Até lá!
sexta-feira, 1 de dezembro de 2017
RUSH
No próximo dia 11 de Dezembro o novo quinteto do contrabaixista Mário Franco vai lançar na FNAC do Chiado, em Lisboa, o CD "RUSH" no qual participei.
Aqui fica o teaser . Apareçam!
domingo, 26 de novembro de 2017
Biblioteca de São Lázaro - Lisboa
Apresentámos ontem "Uma Galinha" na Biblioteca de São Lázaro em Lisboa na "hora do conto".
Foi às 11h da manhã e contámos com um grupo muito simpático de pais, mães e filhos com crianças dos 3 aos 13 anos.
Estávamos na nossa terra e por isso apareceram também alguns familiares e amigos que vivem ali na zona e que frequentam habitualmente a biblioteca. Foi bom ver-vos!
A Ana Martins é a actual responsável por este espaço e contou-nos que já tem um público fiel para as actividades que organiza com grande regularidade. Esteve sempre connosco, assistiu à história e participou no atelier. Obrigado por tudo, Ana!
A biblioteca é linda, tem uma sala principal que vale mesmo a pena conhecer mas não se adequava às Histórias Magnéticas. Fizemos no espaço infantil que também é muito bonito com umas grandes janelas com portadas, um chão de madeira antiga e escura e uma acústica fabulosa para o nosso som.
Estava criado o ambiente, sentimo-nos em casa e passou-se uma bela manhã de sábado entre histórias, livros e música.
Ficam algumas fotos:
quinta-feira, 16 de novembro de 2017
John Abercrombie
John Abercrombie foi um dos grandes guitarristas de Jazz do nosso tempo.
Tive o previlégio de o conhecer, de estudar com ele e, enquanto dirigi a Escola de Jazz do Hot Clube de Portugal, ter contado com a sua presença em Lisboa para orientar o 1º Seminário Internacional de Jazz no Palácio Fronteira em 1989.
Quando recebi a triste notícia do seu desaparecimento em Agosto deste ano, fui rever o que tinha dele e encontrei uma velha cassete VHS em excelente estado. É um registo de algumas sessões do Seminário no Palácio Fronteira, agora digitalizadas, guardadas nos arquivos do Hot Clube de Portugal e disponíveis no youtube. É um documento histórico que regista o Abercrombie num momento fabuloso da sua carreira acompanhado por Ronan Guilfoyle (baixo acústico) e Conor Guilfoyle (bateria).
Aqui fica o link para o primeiro de uma série de 8 videos: "Ralph's Piano Waltz" que Abercrombie escreveu sentado ao piano do seu amigo e guitarrista Ralph Towner.
terça-feira, 14 de novembro de 2017
Histórias Magnéticas nas Bibliotecas Municipais
Temos tido a sorte de ir conhecendo algumas bibliotecas do país e de comprovar a importância que estes espaços têm para as comunidades quando conseguem misturar-se com o quotidiano das pessoas.
Gostamos muito de fazer as Histórias Magnéticas em bibliotecas, rodeados de livros, que foram e serão sempre o ponto de partida deste projecto. Faz todo o sentido contar e discutir histórias no sítio onde elas estão guardadas e protegidas. As bibliotecas são tesouros. Descobrir um livro, passar a seguir o trabalho de um escritor ou de uma escritora muda a nossa maneira de pensar, muda a vida que levamos. E depois há o objecto "livro": uma estante cheia de livros é uma coisa linda de se ver, torna os lugares mais quentes e acusticamente tão confortáveis e acolhedores.
Por onde quer que passemos, quase todos os lugares estão cheios de televisões ligadas e rádios a tocar que nos impõem uma banda sonora e visual permanente. As bibliotecas são um dos poucos lugares públicos que restam livres desse barulho: lá dentro, ligamos rapidamente a outra "frequência" - a frequência humana - e sentimo-nos pessoas outra vez. Sentimos-nos BEM.
Isto só para dizer que estamos a fazer um esforço para que em 2018 possamos circular muito mais entre bibliotecas e também que, entretanto, vamos estar em duas bibliotecas extraordinárias de Lisboa: dia 25 de Novembro na Biblioteca de São Lázaro e dia 16 de Dezembro na Biblioteca de Marvila com o conto "Uma Galinha" de Clarice Lispector.
Quando puderem, vão a uma biblioteca.
sábado, 28 de outubro de 2017
Alerta! Um disco perfeito: BrightBird
O João Paulo Esteves da Silva (piano), o Mário Franco (contrabaixo) e o Samuel Rohrer (bateria), gravaram um disco perfeito de uma ponta à outra: "Bright Bird". 13 faixas improvisadas sem hesitações, sem uma nota a mais, apenas uma comunhão fenomenal entre os 3. Absolutamente ARRASADOR!
"This balanced music has no need to pound or harass. It develops its strength from congenial casualness. Improvised bagatelles add together to form an unobtrusive bath of sound because no-one feels the need to exhibit their virtuosity. This creates a magical triangle."
É obrigatório apoiar este projecto. Podem ouvir e comprar o disco AQUI.
quinta-feira, 26 de outubro de 2017
Guarda - Biblioteca Eduardo Lourenço
Acabámos ontem na Guarda a nossa mini-digressão que passou também por Castelo Branco, Cartaxo, Minde, Lisboa, Redondo, Sines e Lagos com o conto "Uma Galinha" da Clarice Lispector.
Em Maio do ano passado, estivemos nesta biblioteca com "O meu primeiro D.Quixote".
Foi óptimo voltar a este espaço dirigido por Américo Rodrigues. Não é uma biblioteca como as outras. Como nos explicou o Américo, a ideia é ir a pouco e pouco, dessacralizando a biblioteca e a relação que a população tem com estes espaços. Aqui há uma programação cultural regular que apresenta projectos como as Histórias Magnéticas, convida artistas de várias áreas para ateliers/conversas sobre o seu trabalho, exposições, concertos, etc, etc... A programação pode girar à volta de um autor ou personagem, como aconteceu com Sancho Pança em 2016.
Aqui há livros velhos que foram abatidos da colecção da biblioteca que estão em mesas e que são oferecidos aos visitantes! (eu trouxe 3! Todos os dias eram acrescentados novos títulos.) Há mesas por todo o lado com livros, cd's e dvd's recomendados. E há sempre qualquer coisa a acontecer no auditório principal - quando lá estivemos, as paredes estavam cobertas com pranchas de banda desenhada de José Ruy e preparava-se para mais tarde a projecção de um filme de Eisenstein. Como se não chegasse, o espaço da garagem foi preparado para poder ser transformado numa pequena "black box" onde acontecem concertos. E é assim que uma biblioteca pode ser um pólo importantíssimo na actividade cultural de uma cidade. Enquanto cá estive, a biblioteca esteve sempre cheia, sobretudo jovens a entrar e a sair com livros debaixo do braço. Seria mesmo bom que todas as bibliotecas seguissem este modelo.
Nas nossas 4 sessões, tivemos crianças do 3º e 4º anos da Escola Básica da Estação, do Centro Escolar da Sequeira e da Escola Regional Dr. José Dinis da Fonseca. À última sessão, assistiram também alunas do curso técnico superior profissional - acompanhamento de crianças e jovens - do Instituto Politécnico da Guarda.
Foi o fim da digressão e gostei de sentir que eu e a Isabel atingimos um grau de liberdade enorme com esta história. Neste conto, a música é muito mais improvisada e de sessão em sessão, ao longo deste ano, fomos transformando e apurando as possibilidades que isso abriu na relação entre a narração e a guitarra. Aqui na Guarda, estávamos no pico da nossa forma, totalmente descontraídos e focados.
Nos ateliers, também nos foram sempre surgindo novas ideias: por acidente, reparámos que podíamos reproduzir a fotografia que usamos do Merce Cunningham em contra-luz na posição "ovo". Acabámos com eles a dançar e a fazer sombras, inspirados nos movimentos "vibráteis" da galinha e ao som da minha guitarra. Foi incrível!
Mais uma vez, fomos surpreendidos pelas interpretações que as crianças fazem deste conto e pelas histórias que nos relatam sobre galinhas. A propósito do final da história de Clarice Lispector, o Afonso disse simplesmente que a família se tinha esquecido da galinha e isso explica o final abrupto e lapidar: "E um dia mataram-na, comeram-na e passaram-se anos".
Confessaram-se alguns momentos de crueldade que todos já tivemos sobre os animais - atirar pedras às galinhas ou fisgadas a passarinhos - mas concordámos que isso faz parte do processo natural do crescimento e da aprendizagem e ninguém tinha ficado com vontade de repetir a experiência.
A propósito do fascínio por galinhas, o Martim contou-nos que o seu irmão de 3 anos é capaz de ficar horas apoiado na rede do galinheiro a observar estas aves de "curto vôo" que "caminham com a cabeça à frente do corpo".
Rimo-nos das galinhas e dos seus movimentos que traduzem "as suas duas únicas capacidades: a da apatia e a do sobressalto", do Charlot a fazer de galinha na "Quimera de Ouro" ou do hipnotizador de galinhas em "O Navio" de F. Felini.
Obrigado a todos mais uma vez e até à próxima!
Em Maio do ano passado, estivemos nesta biblioteca com "O meu primeiro D.Quixote".
Foi óptimo voltar a este espaço dirigido por Américo Rodrigues. Não é uma biblioteca como as outras. Como nos explicou o Américo, a ideia é ir a pouco e pouco, dessacralizando a biblioteca e a relação que a população tem com estes espaços. Aqui há uma programação cultural regular que apresenta projectos como as Histórias Magnéticas, convida artistas de várias áreas para ateliers/conversas sobre o seu trabalho, exposições, concertos, etc, etc... A programação pode girar à volta de um autor ou personagem, como aconteceu com Sancho Pança em 2016.
Aqui há livros velhos que foram abatidos da colecção da biblioteca que estão em mesas e que são oferecidos aos visitantes! (eu trouxe 3! Todos os dias eram acrescentados novos títulos.) Há mesas por todo o lado com livros, cd's e dvd's recomendados. E há sempre qualquer coisa a acontecer no auditório principal - quando lá estivemos, as paredes estavam cobertas com pranchas de banda desenhada de José Ruy e preparava-se para mais tarde a projecção de um filme de Eisenstein. Como se não chegasse, o espaço da garagem foi preparado para poder ser transformado numa pequena "black box" onde acontecem concertos. E é assim que uma biblioteca pode ser um pólo importantíssimo na actividade cultural de uma cidade. Enquanto cá estive, a biblioteca esteve sempre cheia, sobretudo jovens a entrar e a sair com livros debaixo do braço. Seria mesmo bom que todas as bibliotecas seguissem este modelo.
Nas nossas 4 sessões, tivemos crianças do 3º e 4º anos da Escola Básica da Estação, do Centro Escolar da Sequeira e da Escola Regional Dr. José Dinis da Fonseca. À última sessão, assistiram também alunas do curso técnico superior profissional - acompanhamento de crianças e jovens - do Instituto Politécnico da Guarda.
Foi o fim da digressão e gostei de sentir que eu e a Isabel atingimos um grau de liberdade enorme com esta história. Neste conto, a música é muito mais improvisada e de sessão em sessão, ao longo deste ano, fomos transformando e apurando as possibilidades que isso abriu na relação entre a narração e a guitarra. Aqui na Guarda, estávamos no pico da nossa forma, totalmente descontraídos e focados.
Nos ateliers, também nos foram sempre surgindo novas ideias: por acidente, reparámos que podíamos reproduzir a fotografia que usamos do Merce Cunningham em contra-luz na posição "ovo". Acabámos com eles a dançar e a fazer sombras, inspirados nos movimentos "vibráteis" da galinha e ao som da minha guitarra. Foi incrível!
Mais uma vez, fomos surpreendidos pelas interpretações que as crianças fazem deste conto e pelas histórias que nos relatam sobre galinhas. A propósito do final da história de Clarice Lispector, o Afonso disse simplesmente que a família se tinha esquecido da galinha e isso explica o final abrupto e lapidar: "E um dia mataram-na, comeram-na e passaram-se anos".
Confessaram-se alguns momentos de crueldade que todos já tivemos sobre os animais - atirar pedras às galinhas ou fisgadas a passarinhos - mas concordámos que isso faz parte do processo natural do crescimento e da aprendizagem e ninguém tinha ficado com vontade de repetir a experiência.
A propósito do fascínio por galinhas, o Martim contou-nos que o seu irmão de 3 anos é capaz de ficar horas apoiado na rede do galinheiro a observar estas aves de "curto vôo" que "caminham com a cabeça à frente do corpo".
Rimo-nos das galinhas e dos seus movimentos que traduzem "as suas duas únicas capacidades: a da apatia e a do sobressalto", do Charlot a fazer de galinha na "Quimera de Ouro" ou do hipnotizador de galinhas em "O Navio" de F. Felini.
Obrigado a todos mais uma vez e até à próxima!
(roubei a foto em cima do facebook da BMEL tirada pela incansável Ana Pereira que nos apoiou e acompanhou todos os dias. Ana, espero que não te importes!)
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