terça-feira, 6 de agosto de 2013

John Zorn


O concerto do "Electric Massada" a que assisti no passado domingo (4.8.2013) no anfiteatro ao ar livre da Gulbenkian, foi um daqueles que nunca mais se esquecem. Genial!
Descobri o John Zorn pela mão dos meus amigos bailarinos nos anos 80 em Nova Iorque. A música dele era amplamente usada pelos coreógrafos por razões fáceis de explicar: era uma música multidireccional que cruzava genialmente linguagens e conceitos aparentemente antagónicos. Perfeito para as explorações em dança nesse período. Não aderi à primeira, embora as suas composições, ainda que inconscientemente, influenciaram-me logo. Progressivamente, fui descobrindo vários dos seus trabalhos até que a música dele se tornou "normal" para mim.
No Domingo fui ouvi-lo e encontrei um John Zorn numa forma esmagadora. Fez-me pensar imenso no Ornette Coleman, sem ser harmolodics: uma música inimitável e hiper-comunicativa. E, se ainda não tinha a certeza, para mim este músico passou a ser tão importante na história do Jazz como o Miles e o Ornette. Abriu os horizontes a uma data de gente.
Recentemente, o Pat Metheny (outra das minhas referências), gravou um disco só com música do J.Zorn. Recomendo altamente.
Só para acabar (onde devia ter começado): achei importante levar as minhas duas crianças (de 4 e 10 anos) a ouvir este concerto. Estava cheio de vontade que elas provassem um pouco da atmosfera criativa do downtown nova-iorquino dos anos 80 e foi muito mais do que isso! Nada teve de revivalista. Foi uma bomba de ar novo! Elas adoraram.
Obrigado ao John Zorn e a toda a banda que esteve com ele.

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