quinta-feira, 24 de maio de 2012

Covilhã, Festival Y (1)



Se esquecerem a mão, o pente e a tesoura, o que é que vêm? "esparguete, caminhos, estradas, cascatas, água, mar, ondas..." responderam os alunos do Conservatório Regional de Música da Covilhã perante esta ilustração da Madalena Matoso. E eu expliquei-lhes que foi precisamente a ideia de ondas que determinou o ritmo base da banda-sonora ao qual a Isabel juntou o som das tesouras a cortar. Um ritmo regular de três tempos e o ritmo imprevisível das tesouradas, inesperadamente juntos. Foi o princípio da nossa composição musical. Fomos então à pesca de outros sons dentro da história e fizemos uma orquestra com eles. A isabel foi a maestrina, com partitura e tudo, as crianças fizeram os sons com a voz e o corpo. Sons de secadores, vozes, sprays, tesouras, passos, adquiriram outra tonalidade sobre os acordes de guitarra. É sempre um momento alto no atelier!
Foi assim nos dias 21 e 22, no Festival Y, um projecto que já vai na décima edição e que continua a programar sem fazer concessões comerciais ou outras. Parabéns a todos os que o organizam e que nele trabalham! Obrigado Rui, Pedro e Celina. E também ao Teatro das Beiras pelo forma como estima o espaço lindo que detém.

s.p. 

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