quarta-feira, 12 de julho de 2017

Redondo


Voltámos ontem ao Centro Cultural de Redondo para apresentarmos "Uma Galinha" de Clarice Lispector. Tínhamos à nossa espera o Luís Sesifredo (programador) e o Carlos (técnico) que nos receberam com a mesma simpatia de sempre.
Foi a quinta história que fizemos ali: "A bomba e o general" (2010), "Enquanto o meu cabelo crescia" (2011), "O meu primeiro Dom Quixote" (2012), "Nungu" (2013), "Uma Galinha" (2017).
Tivemos como participantes um grupo de um ATL com crianças dos 8 aos 12 anos. Antes de começarmos, disse-lhes que este conto não tinha sido escrito para crianças e acho que isso os deixou ainda mais curiosos... ouviram com toda a atenção e foram altamente participativos e criativos no atelier. Chegámos à conclusão de que esta história é trágico-cómica e concordámos que uma galinha pode ser uma inspiração para inventar uma música, uma dança, um filme ou um conto.
Juntos, tentámos imaginar como seria descrever uma galinha a alguém que nunca tivesse visto uma: Que ser é este com "asas de curto vôo", "cacarejos roucos e indecisos", "nem suave nem arisca, nem alegre, nem triste" que caminha com "o corpo avançando atrás da cabeça" como escreveu C. Lispector?
Uma menina disse que as galinhas não eram sempre estúpidas e tímidas. Mostravam inteligência ao serem capazes de pressentir a aproximação de um animal predador.
Eu e a Isabel mostrámos-lhes de onde vieram algumas das nossas ideias.
E eles desenharam livremente sobre esta e outras galinhas. Obrigado a todos!


























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