sexta-feira, 22 de novembro de 2019

VELHⒶS de Francisco Camacho no Teatro Circo de Braga


Estreia hoje às 21h30 no Teatro Circo de Braga a peça  VELHⒶS de Francisco Camacho para a qual fiz a música e toco ao vivo.

Foi um processo de criação novo para mim porque estive presente em todos os ensaios, em intensa experimentação até chegar ao resultado final. Aprendi imenso e é importante sentir isso aos 54 anos.

É um previlégio trabalhar com o Francisco há tantos anos, o meu coreógrafo e bailarino preferido. E foi muito bom reencontrar a Carlota Lagido, conhecer a Ana Caetano, o Bernardo Gama e o Filippo Bandiera e voltar a estar em palco com a Sílvia Real num espectáculo que desmistifica muitas questões em torno do envelhecimento.

Apareçam!







domingo, 17 de novembro de 2019

HM na Biblioteca da Penha de França - Lisboa


Ontem fizemos "Enquanto o meu cabelo crescia" no bairro da Penha de França, mesmo ao lado da Graça, onde vivo. Já conhecia a biblioteca mas não a nova ala destinada à infância que foi inaugurada há um ano. Ficou um espaço excelente, bem pensado e organizado, cheio de luz e, sobretudo, muito bem orientado por uma equipa que fez questão em estar presente na preparação, em receber as crianças e acompanhantes e depois em assistir à sessão. Tivemos a sala cheia e gostámos muito do grupo de crianças desinibidas e participativas apesar da presença das mães e dos pais, o que às vezes as retrai um pouco... mas os crescidos estavam disponíveis para se deixarem levar pela experiência tal como as crianças e, quando assim é, resulta sempre melhor. Obrigado a todos!

Aqui ficam algumas fotos da sessão.







































domingo, 10 de novembro de 2019

HM na Biblioteca Maria Keil em Lisboa


Estivemos ontem na Biblioteca Maria Keil em Lisboa, no Lumiar, a apresentar "Enquanto o meu cabelo crescia". Inserida num bairro social que faz fronteira com a chique "Alta de Lisboa", salta à vista a contradição entre o desenvolvimento de um lado e o abandono do outro. Extensos relvados e prédios de luxo versus habitação social envelhecida e lixo na rua. É assim que está a crescer Lisboa?  Pelo que se vê aqui, estão a cometer-se os mesmos erros e aberrações urbanísticas do passado. Não sobrou um tostão da construção daquele empreendimento de topo para recuperar, melhorar e integrar o bairro e as pessoas que já ali estavam? Chocante!

Por fora, a biblioteca confunde-se com o típico café português de toldo branco e portas de alumínio. É uma biblioteca com recursos escassos mas que que cumpre um papel fundamental e indispensável na comunidade. Fomos recebidos com informalismo e uma enorme simpatia, a começar no senhor da segurança e na senhora da limpeza, terminando na coordenadora Cristina Dias. Foi ela que nos contou a importância que este espaço ganhou nos últimos 12 anos, principalmente para as crianças mais pobres cujos pais não têm condições para os manter em casa depois da escola. Falou-nos também da excelente relação que se estabeleceu com a vizinhança: ontem, uma vizinha foi entregar-lhe uma tigela de sopa de grão porque era sábado e porque depois da nossa sessão, a Cristina ainda ía ter que orientar uma sessão de cinema até bastante tarde.

Tivemos um público variado entre pais, mãe, avós e respectivas crianças e um grupo de irmãos que chegou sem acompanhamento porque os pais estão em África e os avós com quem vivem não estavam disponíveis. Eles estão habituados a isso e sentem-se em casa ali. Assistiram à nossa história, depois foram para os computadores e à tarde iam ver a sessão de cinema.

E tudo isto, rodeados de livros que uns e outros vão escolhendo, folheando, lendo.

A Cristina disse-nos que eles não íam esquecer a nossa sessão. Fico feliz por ouvir isso e por sentir que o que fazemos tem alguma utilidade para além do momento em que acontece.

Aqui ficam algumas fotos e muito obrigado a todos!